TETO VERDE / TETO VIVO / LAJE AJARDINADA

18/09/2010 22:14

 Leia abaixo artigo (editado) publicado no mês de Setembro de 2010 no site de ímoveis do jornal Estado de Minas.

TETO VERDE / TETO VIVO / LAJE AJARDINADA - Flávio Duarte

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Para fazer um teto vivo é preciso escolher os materias certos, por exemplo não podemos usar qualquer lona ou material para impermeabilização, aquela lona que se usa no terreiro não deve ser usada para impermeabilização, é muito frágil e deteriora com o tempo. O teto vivo requer uma camada de impermeabilização muito bem feita, pois todo teto como pre-requisito deve ser pelo menos estanque à agua de chuvas e sem vazamento.

Também devem ser executadas: uma camada de dreno e uma de filtro, e depois a camada de terra e vegetação. Para a camada de impermeabilização, procure uma manta feita de PEAD usado em aterro sanitário e obras de geologia e geotécnia, que tem ótima durabilidade e degrada com 600 anos. A construção exige mão de obra especializada. Não é qualquer estrutura e materiais; nem qualquer terra e plantas que podem ser usados. Caso contrário, vai deteriorar rapidamente e oferecer riscos à saúde da construção e de seus usuários.

O teto vivo nasceu na Islândia, no extremo Norte da Europa, onde há invernosrigorosos. As casas eram feitas com torrão de terra empilhados e tinham no teto madeiras de árvores muito resistentes e, sobre elas, uma camada de torrões de terra. A umidade encharcava a madeira que inchava e se tornava estanque a água que passava pela camada de terra do teto. Com a chegada do verão e temperaturas mais amenas, as plantas cresciam sobre os torrôes de terra colocados no teto. Eram conhecidos tradicionalmene como telhados de Cespedes ou Telhados de Turfa (relva).

Se a terra crua na parede, como material cosntrutivo para fabricação de adobe ou pau a pique, traz conforto térmico, por que não no teto? Deixar a terra exposta pode trincar a terra e expor as camdas abaixo, portanto, a cobetura vegetal no teto vivo deve sempre estar viva e bem cuidada. Seguem duas qualidades térmicas dos tetos vivos: além da inércia térmica da camada de terra, a vegetação ao transpirar, rouba calor da superfície da cobertura, assim como acontece na evaporação, que acontece devido a incidência solar na superficie do teto.

Casas feitas com teto vivo proporcionam excelente conforto térmico e baixa amplitude térmica nos ambientes internos. 

Nas cidades, um grande benefício do teto vivo é que ele possibilita a diminuição da quantidade de enxurrada. Só depois de seis horas de chuva, dependendo do tamanho e do plano de inclinação, que costuma ser de 15% a 20%, é que a água vai minar nos tubos de quedas e drenos do teto. Então, ela não forma grandes correntes de enxurrada, não sobrecarrega o sistema público de água pluvial, e o mais importante, diminui o risco de enchentes nas grandes cidades.

Outra questão positiva é que o teto vivo já faz a pre filtragem para a água da chuva ser captada, armazenada e usada para irrigação, no vaso sanitário, para limpezas e outros fins. Além disso o teto vivo possibilita o habitante usufruir de seu terraço como um jardim. Quando se tem muito verde num telhado vivo de 6m x 6m por exemplo, é possível diminuir em até um grau a temperatura no entorno próximo ao teto.

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FLAVIO DUARTE - ARQUITETO E GEOBIOLOGO. Resposta (editado pelo autor) à leitor do Jornal Estado de Minas em  https://noticias.lugarcerto.com.br/imoveis/template_interna_noticias,id_noticias=40193
 

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