EDIFICAÇÃO SAUDAVEL

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O fator mais importantes na vida e função de um edifício é a geração e preservação da saúde do ser humano que usufrui do espaço construído. Consideramos uma edificação saudável aquela que promove e mantém a saúde de seus usuários.

Desde 1982 a OMS (Organização Mundial de Saúde) classifica como Síndrome do Edifício Enfermo, a patologia na qual um edifício é fator comprovado de risco para a saúde de seus usuários. Recentemente, a nova e arrojada edificação da sede da companhia de gás de Barcelona, foi classificado como edifício enfermo, uma vez que a permanência dos funcionários em suas dependências estava causando moléstias comuns. Mais de 120 funcionários foram internados com os mesmos sintomas. 

Dentre os focos de contaminação que podem determinar a insalubridade de um ambiente, temos; 

Poluição do ar

Poluição eletromagnética.

Ruim ou inexistente iluminação e ventilação natural

Má localização do edifício

Existência de falhas geológicas, veios subterrâneos de água e redes geomagnéticas na vertical dos cômodos de permanência prolongada.

Poluição sonora

Alterações do campo magnético terrestre

Matérias de Construção e Acabamentos Insalubres

Terrenos com altos índices de radioatividade

Veja nos textos abaixo informações sobre a localização e a qualidade do ar interno dos edifícios saudáveis.

LOCALIZAÇÃO DO EDIFICIO E OS VEIOS E MERIDIANOS SUBTERRANEOS

Um dos princípios da Geobiologia, Biologia da Construção ou Medicina do Habitat, é a localização de uma edificação, que pode determinar a salubridade ou não dos seus ambientes e moradores. Em primeiro lugar devemos considerar a inserção da edificação no ecossistema natural, considerando seus ciclos naturais (solar, lunar, ventos dominantes, umidade, chuvas e etc.) como os principais norteadores da concepção arquitetônica para a promoção do conforto e sustentabilidade ambiental.

Em segundo lugar devemos considerar a implantação da edificação em zonas livres de alterações geobiológicas. Uma dessas alterações é a radioatividade natural do terreno, proveniente das camadas rochosas que contém, por exemplo, urânio ou outros elementos radioativos. O gás Radônio é um elemento radioativo de fácil dissipação que pode ter alta concentração em regiões graníticas e em ambientes poucos ventilados.

Dentre as alterações geobiológicas também devemos considerar a existência dos veios subterrâneos de água, falhas geológicas e redes geomagnéticas existentes no subsolo.

Esses veios subterrâneos e meridianos terrestres geram em sua vertical uma diferença de potencial elétrico no ar, que são recebidos pelo corpo humano através de micro estímulos elétricos. Assim a resistência elétrica cutânea é alterada e a voltagem corporal aumenta, dependendo da quantidade de horas diárias que se permanece sobre essa influencia, funções orgânicas podem ser alteradas, podendo, a longo prazo, ate ocorrer disfunções celulares.

A partir da prospecção geobiológica podemos mapear os veios subterrâneos e assim determinar pontos de alta concentração de radiações telúricas e de alterações eletrostáticas no ar. Esses pontos são chamados de Geopatogênicos e deve se evitar o posicionamento de cômodos de permanência prolongada sobre eles; como quartos, salas de aula e escritórios.

Assim, o melhor a se fazer é considerar todos os fatores de salubridade de forma preventiva e se possível em fase de concepção projetual do edifício ou do empreendimento, mesmo sendo sempre possível a minimização dos fatores de risco depois da conclusão das obras e ate mesmo durante o uso da edificação.

QUALIDADE DO AR DE INTERIOR

Poluição Eletromagnética

Um dos fatores que determinam a qualidade e a salubridade do ar de interiores é a poluição eletromagnética gerada pelos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, instalações elétricas, internet sem fio (WI-FI) e telefones celulares.

Como dito em artigo anterior, a contaminação eletromagnética gera ionização do ar que é percebida pelo corpo humano como estímulos elétricos e uma diferença de potencial na superfície da pele. Uma contaminação eletromagnética muito intensa no ambiente traduz em alta voltagem corporal e mau funcionamento do organismo de seus moradores. O ideal para a saúde humana é uma voltagem corporal de até 0.1 volts que pode ser aferida por um profissional com um multímetro de precisão.

Uma medida pratica para minimizar a poluição eletromagnética é evitar o posicionamento da fiação elétrica e equipamentos eletroeletrônicos (radio relógio, repelente eletrônico, telefone sem fio, telefone celular, radio relógio ou aquecedor elétrico) próximos às das camas, de maneira a evitar o estimulo elétrico no organismo nas horas de repouso.

O ideal nesses casos é instalar um Temporizador (Timer), para programar o funcionamento dos equipamentos, tomadas e dos circuitos elétricos dos cômodos de permanência prolongada. Assim teríamos a poluição eletromagnética reduzida somente para as horas de uso dos eletro-eletrônicos e não durante o sono.

Deve-se também evitar o uso do sistema de internet sem fio, Wireless (WI-Fi), principalmente com o posicionamento da antena de transmissão do sinal na parte intima da casa. O sistema de internet sem fio gera uma poluição eletromagnética intensa, de altíssima freqüência em todos os ambientes dentro do raio de atuação (que pode chegar a 50m de raio) do aparelho usado; já a fiação da internet a cabo gera uma poluição eletromagnética bem menos intensa, de baixa freqüência e somente em torno do cabo (raio de aproximadamente 30 cm).

Poluição química e biológica

Para termos um ambiente saudável devemos nos atentar, dentre outros fatores, para a Qualidade do Ar Interno - QAI (ou ar de interiores), que em determinadas situações pode chegar a ser mais poluído e prejudicial do que o ar externo.

Assim como a poluição eletromagnética (explicada no artigo anterior), temos também agentes químicos e biológicos de contaminação do ar de interiores.

Como exemplo dos agentes biológicos de contaminação, podemos citar os vírus, bactérias, fungos, o pólen, os animais, suas secreções e seus excrementos. A concentração dos agentes biológicos pode ser reduzida drasticamente com uma boa higienização e controle da umidade e temperatura dos ambientes. A luz solar, por exemplo, é um excelente fungicida e bactericida natural, assim uma boa posição dos cômodos de permanência prolongada, como dormitórios e escritórios pode ser decisiva para a salubridade desses ambientes.

Dentre os agentes químicos, podemos citar os materiais particulados como poeiras e fibras sintéticas, e os poluentes originários da combustão de cigarros, fogões e automotores.

Além desses contaminantes, temos também os Compostos Voláteis Orgânicos (COVs). Esses compostos são encontrados principalmente em emissões veiculares, em solventes, vernizes, tintas, colas, adesivos, inseticidas, produtos de limpeza, maquinas de fotocópias, componentes de mobiliários e de materiais de construção.

Os agentes químicos podem ser evitados com uma boa escolha de materiais de construção, revestimentos, tintas e vernizes naturais, além da escolha correta de mobiliários e de materiais de revestimento com baixa emissividade tóxica. O uso de produtos neutros e naturais de limpeza como o sabão de coco, limão, vinagre e o bicarbonato de sódio também minimizam consideravelmente a concentração de agentes químicos no ar de interiores.

Como regra geral para prevenção da contaminação do ar de interiores devemos citar regras básicas que podem ser aplicadas em qualquer ambiente. Antes de tudo, sempre que possível, é necessário a climatização natural de todos os ambientes de uma edificação. Para isso a orientação das aberturas (janelas, vãos e portas) em relação ao vento dominante é essencial.

Outro fator primordial é a quantidade de ventilação dos cômodos e a taxa de renovação do ar, que deve ser otimizada naturalmente e quando isso não for possível, deve-se permitir um excelente funcionamento do sistema de climatização artificial, como os ares condicionados, dutos de ventilação e de exaustão.

Contudo a taxa de ventilação e renovação do ar interno seja satisfatória para abrigar atividades humanas em cômodos de permanência prolongada, como dormitórios e escritórios. Em pesquisa recente demonstrou se que a poluição do ar de interiores pode chegar a ser duas vezes maior que o nível de poluição do ar externo nas grandes metrópoles, assim como a poluição do ar interno diminui em até duas vezes em ambientes com boa ventilação natural.

 

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